Pesquisa realizada em parceria FMIT/UNICAMP sob orientação dos professores Marileia Andrade e Amyres Ribeiro é aprovada em Congresso Internacional sobre Cérebro e Emoções em Gramado/RS

Pesquisa intitulada “Impactos da depressão na microbiota intestinal de camundongos e efeitos da exposição à sonata K448 de Mozart no seu reestabelecimento” realizada pelas acadêmicas Mariana Cáffaro Ramalho, Nathália Fernandes de Alcântara, Tatiana Capistrano de Paula e Thaissa Aline Ribeiro, sob a orientação dos professores da Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIT) Marileia Chaves Andrade e Amyres Carvalho Ribeiro, em parceria com o professor Cesar Sartori da UNICAMP, é um dos trabalhos científicos aprovados no ”Congress on Brain Behavior and Emotions”, na cidade de Gramado/RS que ocorrerá em junho de 2022.

Estudos recentes têm mostrado que o eixo microbiota-cérebro-intestino gera grande impacto no sistema nervoso central (SNC).  O estado inflamatório crônico do TGI induz a ativação de áreas do SNC como o hipotálamo e a amígdala, estruturas ligadas às emoções. Sabe-se que as alterações do humor, como depressão e ansiedade estão relacionadas com processos inflamatórios que, por sua vez, podem estar associados a uma disbiose da microbiota intestinal. Em busca de tratamentos eficazes para quadros depressivos devido a sua grande incidência e prevalência na população, as alternativas não-farmacológicas, como a musicoterapia, têm sido utilizadas como adjuvantes para a diminuição da resposta ao estresse. O objetivo do trabalho de pesquisa desenvolvido na FMIT é investigar as alterações causadas na microbiota intestinal de camundongos induzidos a depressão e seu reestabelecimento através da exposição à sonata K448 de Mozart.

Os resultados preliminares da pesquisa demonstram que o padrão de crescimento bacteriano entre camundongos machos e fêmeas é diferente, tanto por influência da depressão quanto da exposição à música. Um maior crescimento de colônias foi observado em animais estressados expostos à música. Esses resultados são muito promissores para uma aplicabilidade na saúde pública quanto ao manejo e tratamento de pacientes depressivos, principalmente na área da musicoterapia, a qual ainda é pouco abordada na literatura. Novas análises serão realizadas com o prosseguimento da pesquisa durante o período de 2022/2023.